O Sou de Algodão, movimento que estimula o uso e a redescoberta da fibra na cadeia têxtil, é o maior patrocinador da 44ª edição da Casa de Criadores. Com isso, o quarto dia de desfile foi inteiramente dedicado ao algodão, de modo que os estilistas que desfilaram trouxeram peças desenvolvidas no material. Além disso, também foi apresentado um desfile coletivo e o lançamento de um concurso para estudantes de moda. Confira!
Sou de Algodão
Ao som de Gaby Amarantos e com styling de Gustavo Silvestre, o movimento Sou de Algodão trouxe para o seu desfile coletivo diversas marcas que participaram do evento em outros dias, com looks desenvolvidos em parcerias e com a fibra natural. Ahlma por Notequal, Ther Vestuário por Caja e Santista por Rafael Caetano, foram alguns dos participantes que mostraram toda a diversidade do material.
Rober Dognani
Rober Dognani fez uma homagem a estilistas brasileiros que já morreram e que ele considera seus ídolos, como Clô Orozco, Zuzu Angel, Clodovil e outros. Bastante conceitual e performático, o desfile foi um encontro desses ícones no céu em que eles decidem fazer uma coleção com referências do carnaval brasileiro. Com isso, as peças fazem alusão aos personagens típicos do carnaval como arlequins, pierrôs, colombinas e palhaços, sendo produzidas em algodão cru ou resinado, e valorizando o trabalho de moulage, demonstrado ao vivo na passarela.
Renata Buzzo
A estilista Renata Buzzo, que trabalha com slow fashion e sustentabilidade entre seus pilares, apresentou uma coleção baseada nos seus avós, que faleceram em 2011. As décadas de 50 e 60, período em que eles viveram, serviram de inspiração, trazendo principalmente vestidos em cortes retos e evasês de comprimento mídi. O maior destaque foram as composições com upcycling, bem como as etiquetas à mostra, uma referência a sua avó que usava as roupas sem tirá-las, para poder vender depois. Os óculos estilo gatinho, uma parceria com a Moon Eyewear, complementaram os looks de visual retrô.
Igor Dadona
A ideia de reunir os amigos de forma simples para se divertir, foi o ponto de partida para essa coleção de Igor Dadona. Além disso, ela conversa bastante em termos de conceito com a coleção anterior, sendo uma continuidade, trazendo novamente recortes coloridos, bordados e pinturas pop, tudo em produtos compostos por no mínimo, 70% de algodão. Peças como camisas, anorkas, bermudas retas e calças amplas recebem atenção, sempre elaboradas por blocos de cores ou estampas.
Isaac Silva
Finalizando o quarto dia de desfiles, o baiano Isaac Silva trouxe uma coleção inspiradas em diversos Orixás, como Iemanjá, Oxum, Iansã e Nanã, dividindo o desfile em blocos para cada uma, assim como suas cores respectivas. Contando com fornecedores de tecido exclusivamente brasileiros, o estilista explorou volumes e estampas expressivas, bem como trabalho de patchwork, referenciando a forças dessas Orixás.
.cleanslate em{ display: none !important; }
Imagens: © Zé Takahashi / FOTOSITE.
Comments