No segundo dia de desfiles da a 44ª edição da Casa de Criadores, foi possível ver porque a semana de moda é conhecida como um dos celeiros criativos da moda brasileira. Dentro do Projeto Lab, Alex Santos e Van Loureiro questionaram a sobrevivência em tempos apocalípticos. Rafael Caetano trouxe um desfile contestador, enquanto a Cajá mesclou artesanato e esportividade. A Också fechou o dia com uma coleção pesada e de estética industrial, com um forte direcionamento conceitual. Confira os highlights!
Projeto Lab – Alex Santos e Van Loureiro
A coleção O Dia Depois de Amanhã, apresentou uma visão pós apocalíptica do nordeste brasileiro. Desconstruções e peças com múltiplas funcionalidades, tendo a esportividade como condutora de conjuntos, macacões e tops foi o ponto alto do desfile. A cartela de cores, essencialmente neutra, foi pontuada pelo laranja e amarelo. Aviamentos à mostra também serviram de decoração, reforçando o visual utilitário das criações.
Projeto Lab – Diego Gama
A temática Kafu’nu, que no dialeto angolano quimbundo significa enterrar, serviu de ponto de partida para as criações conceituais de Diego Gama. A ligação com a terra foi traduzida em modelagens casulo, amplas e protetoras. Vestidos, macacões e conjuntos destacaram-se. Um toque artsy, comum às coleções do estilista, foi trabalhado através das estampas geométricas com acabamento desbotado.
Rafael Caetano
Sob o título New Families, Rafael Caetano apresentou um desfile divertido e criativo, que traz luz às questões LGBTQ ao contestar as formações familiares tradicionais. A coleção mesclou o visual street a uma alfaiataria casual, sendo direcionada principalmente ao público jovem. Conjuntos de camisa e bermuda, hoodies de comprimento alongado, tops de malha leve e jaquetas com pegada oitentista ganharam destaque. Colorida, a cartela de cores chamou atenção ao rosa e azul pastel. Prints camuflados e listrados estiveram ao lado de frases espirituosas. Atente ao mix de materiais e a presença de superfícies plastificadas.
Cajá
O casamento entre o artesanal e o esportivo orientou a coleção de inverno 2019 da Cajá. Modernas, as peças vieram repletas de tons pastel vibrantes e neon, com o branco trazendo um respiro. Foi possível ver muita referência aos anos 80 nas bermudas ciclistas e jaquetas leves. Além disso, fizeram parte do mix calças cargo, tops encurtados e peças mais conceituais, com trabalho elaborado de modelagem.
Också
A estética industrial e o utilitarismo conceitual direcionaram as criações da Också. O cinza e o preto deram o tom as parkas, macacões, túnicas, vestidos de manga longa e jaquetas, pontuados por detalhamentos amarelos. Construídos com sobreposições e amarrações, os looks garantiram um visual pesado e protetor. O destaque vai para as bolsas e pochetes, que ganharam versões transversal e de pescoço, valorizando alças que se acomodam ao corpo de forma prática.
Não deixe de conferir os desfiles completos em nossa galeria!
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Imagens: Ze Takahashi/ FOTOSITE
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