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Como manter sua marca relevante: Diversidade e Inclusão

Atualizado: 23 de ago. de 2021

Desde o início da pandemia do COVID-19, diversas tendências de comportamento e de consumo foram aceleradas, se tornando ainda mais importantes e eminentes para consumidores, que adquiriram novos hábitos e rotinas. Fatores como sentimentos de medo e insegurança, além da crise econômica causada pela longa quarentena, colocam a compra de produtos de moda em segundo plano, fazendo com que a indústria precise, novamente, se adaptar para esse novo cenário de consumo.


Falar sobre diversidade e inclusão é essencialmente falar sobre representatividade de grupos que são muitas vezes marginalizados, excluídos e até mesmo prejudicados em detrimento a um padrão bastante limitado. Na moda, um universo aspiracional que é em grande parte responsável por promover o ideal de beleza de cada geração, é preciso que diferentes tipos de pessoa se enxerguem e se sintam representadas nessa aspiração. Quando temos uma semana de moda onde as modelos são majoritariamente brancas, altas e muito magras, propagamos a ideia de que apenas esse corpo é bonito e válido. Além disso, incluir pessoas diferentes em sua equipe também pode ser benéfico criativamente, na medida que suas referências e vivências também serão variadas e trarão outro ponto de vista para sua marca.


Definições

1. Diversidade fala sobre você ter pessoas diversas em seus ambientes, seja na sua equipe, em sua rede de fornecedores ou em suas campanhas e comunicações. Aqui, também é importante lembrar que ao falarmos em diversidade, estamos falando sobre diferentes corpos, raças, idades, orientações sexuais e gêneros.

2. Inclusão fala sobre um ambiente onde diferentes pessoas se sintam inclusos e pertencentes de verdade, a ponto de se sentirem confortáveis em se expressar como são, não se sentirem ameaçadas ou desfavorecidas.


Passos iniciais

É preciso ativamente procurar ser diverso e inclusivo em suas contratações e nos produtos que você cria. Sabemos, também, que para marcas pequenas e que, atualmente, podem estar passando por uma recessão, isso pode ser difícil financeiramente. Por isso, trazemos abaixo alguns passos iniciais básicos para você começar a implementar, e, aos poucos se tornar mais diversa e inclusiva.

Ainda, é necessário entender que ainda temos muito a aprender quando se trata de diversidade e inclusão. Por isso, se educar é essencial! Procure por pessoas, instituições e negócios que falam sobre isso, leia livros e artigos, ouça podcasts e veja filmes sobre essa temática. Existe uma infinidade de materiais dedicados a nos informar sobre o assunto e, felizmente, na era da internet é fácil encontrá-los. Especificamente sobre inclusão racial, assunto muito latente nas últimas semanas, inúmeros perfis, livros, filmes e mais foram indicados pela internet a fora para você se informar.


Segundo, você precisa fazer uma análise profunda do seu negócio, para entender em que pé você está e onde pode melhorar. Pergunte-se:

  • Qual é a missão da sua marca e qual mensagem que ela passa para o mundo? Pense então se elas possivelmente ofendem, ignoram ou excluem ativamente grupos minoritários.

  • Quais são os valores pessoais que você acredita e quer que exista em seu negócio? Se você se considera uma pessoa inclusiva, por exemplo, pergunte-se como isso está transparecendo em sua marca.

  • A linguagem e a comunicação visual em suas plataformas (como seu site, redes sociais e até loja física) já possui diversidade ou então deixa claro que você atenderá grupos minoritários com os mesmos padrões?

  • A sua rede de fornecedores, sejam aqueles que vendem matéria-prima, a agência de casting que você usa ou até a influenciadora que promove sua marca, acreditam ou propagam atitudes racistas ou excludentes de outros grupos minoritários?


Indicações de perfis

Nátaly Neri: Com apenas 26 anos, Nátaly se tornou conhecida na internet através de seu canal no Youtube, Afros e Afins, que inicialmente falava sobre beleza negra. Conforme seu canal cresceu, a influenciadora também passou a abordar outros assuntos, como empoderamento feminino, empoderamento negro e veganismo.

Djamila Ribeiro: Uma das ativistas negras mais importantes do Brasil, Djamila é autora de diversos livros sobre racismo estrutural e ativismo. Apesar de não falar necessariamente sobre inclusão negra na moda, ela fala sobre uma perspectiva social que é essencial entendermos.

Alexandra Gurgel: Dona do perfil Alexandrismos, criadora do canal @movimentocorpolivre e idealizadora da feira Pop Plus, Alexandra é um nome conhecido ao se falar sobre aceitação corporal e ativismo contra gordofobia - uma questão diretamente ligada a moda. Além disso, Alexandra também é lésbica e ativista LGBTQ+.

Ju Romano: Influenciadora de moda, Ju Romano fala bastante sobre aceitação corporal e sobre a indústria de moda plus size desde a época de seu blog, criado em 2009.


Atenção

Como já mencionamos, nós não somos especialistas nesse assunto que é imensamente profundo e complexo. É importante que você estude e se informe, e também procure por pessoas que são de fato especialistas. Além disso, assim como falamos no conteúdo de sustentabilidade, é preciso entender que falar sobre diversidade e inclusão não é algo passageiro, e sim representa uma mudança estrutural que será feita a longo prazo.

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